quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vômito

Vivia
perambulando
entre o sagrado e o profano
Desestabilizando
Desequilibrando
numa corda estirada
na lama
nas alturas
Sopando as letras e as palavras
Perdido no caminho
Ansiando uma egrégora
Passado de memórias
Sou rabisco
Vomitando poesia
Se não for... quem disse que não
é?
E?
A quem interessa?
Quem me interessa?
Sou um vulcão
de explosão
concentrada
contida
camadas e
camadas
Bebendo fogo
liberando oxigênio
Sou o
não sei quem sou
Sou o buscar
E o encontrar
E o perder
e o buscar
e o encontrar
e o perder
Se eu buscar
o encontrar
e o perder?
Paralisei
Andei
Avancei
Voei
Desci
Agora sigo me
Desequilibrando
Desestabilizando
numa corda estirada
entre o sagrado e o profano
perambulando
Vivo!
Encontrado!
Eu ando
não vago
Eu faço
não paro
Não sofro
eu saio!
Eu entro
Eu vou
Sou rico
Sou homem
Sou louco
Sou
ninguém...
sou tudo!
Não do conta
mas me iludo
Sou artista
Sou o diabo
Sou deus
e enviado
mensageiro quase errado
Sou só mais um
entre trilhões
Sou aquele que vem da estrela
e quase queimou-se com tanta luz
Sombreai, Senhor
Sombreai
ou
quando chove na minha chama
Sou Luz
Sou Luz
Sou Luz
Sou Libra
Como o mundo
Como o Rodrigo
Como meu pai
Como ninguém
Como tantos...

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