terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ecos

Louvar-te-hei, Tempo
Sua sabedoria se manifesta em todo o nosso desespero
Tua força serena capaz de curar tudo e trazer a reflexão necessária
nos enche de sabedoria e nos ensina a ter paciência
És a brisa que balança a luminária 
e o movimento contínuo das nuvens
Esta todo presente no silêncio e na calmaria
Seu rosto se apresenta quando o meu rosto encontra o espelho e, nas minhas rugas, vejo o nascer de uma criança nova
Estás na distância até as estrelas
e no girar dos planetas
O cavalgar do relógio sequer pode alcançá-lo
És maior
e infinitamente libertador
Nos prende na nossa incapacidade de aceitá-lo
E, quando explodimos de aceleração,
apareces em sua nova forma
Intenso e mutável e agoniante
como nenhuma força pode ser
És o braço direito de Deus e seu trabalhador mais fiel
É um dos maiores professores,
Está dentro e está fora
Está em nossa existência do passado
e naquilo que virá depois
Tempo, e quando me esqueço de você, sorrateiramente se apresenta, ensinando que devemos nos entregar e integrar
Quando a escuridão da ignorância fecha os meus olhos, surda os meus ouvidos e escancara a minha boca,
tu,
Tempo, 
sussurras sereno em minha alma
que devo respirar
e
aguardar
que, um dia,
em sua sabedoria,
tudo vai pro seu lugar.

Assim seja,
Amém.

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